quarta-feira, 23 de julho de 2014

Arco Metropolitano do RJ é inaugurada nesta terça 01/07

Obra é considerada uma das mais importantes do estado do Rio nas últimas décadas

 O Governo do Estado, em parceria com o governo federal, entregou, nesta terça-feira (1/7), o trecho de 71,2 quilômetros entre Duque de Caxias (BR-040) e Itaguaí (BR-101 Sul) que compõe o Arco Metropolitano, a obra estratégica mais importante do Estado do Rio das últimas décadas. Em toda a sua extensão, a rodovia  liga Itaboraí a Itaguaí, num percurso de 145 quilômetros. A via se conecta com todas as rodovias federais em território fluminense, integrando ainda os municípios de Magé, Guapimirim, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri e Seropédica. A solenidade de entrega teve a presença do governador Luiz Fernando Pezão e da presidenta Dilma Rousseff.
Incluída em 2007 no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), parceria entre os governos federal e estadual, a construção do trecho por meio da Secretaria de Obras e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) começou em 2008 e custou R$ 1,9 bilhão. No percurso, foram realizadas obras de terraplenagem, drenagem pluvial, pavimentação e construção de 156 obras de artes (viadutos, pontes, passarelas e passagens subterrâneas).
Para fazer a obra, o Governo do Estado teve de vencer grandes desafios, como fazer aproximadamente três mil desapropriações e dar o devido tratamento e salvamento para 68 sítios arqueológicos descobertos no trajeto. Houve ainda a necessidade de construção de oito viadutos sobre dutos da Petrobras e de dois outros sobre um lago em Seropédica, que é o habitat da rã Physalaemussoaresi, espécie ameaçada de extinção.
Faz parte ainda do Arco Metropolitano o trecho da BR-116 entre o entroncamento com a BR-040, em Duque de Caxias, e Santa Guilhermina, em Magé, numa extensão de 22 quilômetros, seguindo daí por 25,2 quilômetros da BR-493 até a BR-101 Norte, em Manilha, Itaboraí. A duplicação deste último trecho é de responsabilidade do  Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Ministério dos Transportes, cuja obra já foi contratada. Também integra a estrada um trecho de 26 quilômetros da BR-101 Sul (Rio-Santos), já duplicado, entre o distrito de Itacuruçá, em Mangaratiba, e a Avenida Brasil (altura do Bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio).
- Esta data é histórica para a população do Estado do Rio de Janeiro que espera o Arco Metropolitano por mais de 40 anos. Graças à parceria entre o nosso governo e o governo federal, que já rendeu muitas conquistas nesses últimos sete anos e meio, conseguimos tirar este projeto do papel. Finalmente, podemos dizer que o sonho agora é uma realidade - destaca o governador.
– O Arco Metropolitano articula grandes rodovias federais e é um anel de integração. Além da Baixada, a rodovia possibilitará atender o Vale do Paraíba e o Porto de Itaguaí – explicou o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.

Mais de 30 mil veículos por dia
Há uma estimativa inicial de que mais de 30 mil veículos/dia usem a rodovia na época da inauguração (10 mil carretas e caminhões e 22 mil veículos leves), atingindo 45 mil no ano de 2030, o que vai desafogar as vias expressas de entrada e saída do Rio: Ponte Rio-Niterói, Avenida Brasil, Linhas Vermelha e Amarela e as Rodovias Washington Luiz e Dutra.
Isso porque a rodovia faz entroncamento com importantes estradas federais que cortam o estado ou têm o Rio como destino: BR-040 (Rio-Belo Horizonte-Brasília), BR-116 (Via Dutra), BR-101 (Rio-Santos), BR-465 (antiga Rio-São Paulo) e BR-116 (Rio-Bahia).  Esta conexão com os grandes eixos rodoviários do país permitirá a reestruturação da malha viária da Região Metropolitana, melhorando a acessibilidade à capital e entre os municípios vizinhos.
Além de consolidar o Estado do Rio como uma dos principais centros logísticos do país, a via será fator de geração de riqueza e de empregos, principalmente na Baixada Fluminense. O arco também vai permitir a ligação do Porto de Itaguaí ao complexo industrial e siderúrgico do entorno com o Comperj – o maior complexo petroquímico em execução pela Petrobras -, em Itaboraí, expandindo o seu caráter estruturador da região. Serão ainda beneficiados outros empreendimentos industriais e de distribuição de mercadorias.
Preservação de sítio arqueológico
 Durante a construção, o Governo do Estado realizou aproximadamente três mil desapropriações e preservou 68 sítios arqueológicos descobertos no trajeto, além de construir oito viadutos sobre dutos da Petrobras e dois outros viadutos sobre um lago em Seropédica, habitat da rã Physalaemussoaresi, espécie ameaçada de extinção.
 Rodovia impulsionará desenvolvimento econômico na Baixada Fluminense
O Arco Metropolitano vai consolidar o Estado do Rio como um dos principais centros logísticos do país, além de impulsionar o desenvolvimento econômico, gerando emprego e renda principalmente na Baixada Fluminense. A rodovia também permitirá a ligação do Porto de Itaguaí ao complexo industrial e siderúrgico do entorno com o Comperj – o maior complexo petroquímico em execução pela Petrobras –, em Itaboraí. Outros empreendimentos industriais e de distribuição de mercadorias também serão beneficiados.
O Arco será essencial ainda para o crescimento do segmento de cargas, dando mais agilidade, qualidade e rapidez ao setor de transportes. Segundo estudos da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio), haverá uma redução de até 20% no custo dos transportes de cargas.
 – O Arco Metropolitano vai impulsionar a economia do estado, gerando empregos, principalmente na Baixada Fluminense, que vai se transformar em uma grande área de logística – disse o secretário de Obras, Hudson Braga.

Crescimento do segmento de cargas
A rodovia será essencial ainda para o crescimento do segmento de cargas, dando mais agilidade, qualidade e rapidez ao setor de transportes. Segundo estudos da Firjan, haverá uma redução de até 20% no custo dos transportes de cargas.
Já as cidades da Baixada diretamente influenciadas pelo Arco já começaram a se beneficiar da implantação da estrada. Muitas grandes indústrias e centros de distribuição de produtos e mercadorias estão se instalando no entorno da rodovia, impulsionando o desenvolvimento dos respectivos municípios.   No momento, há 38 empreendimentos entre licenciados e em licenciamento ambiental para se instalar em algum ponto do entorno do Arco. Segundo estudos da Firjan, a abertura deste trecho do Arco deve alavancar o PIB do estado em R$ 1,8 bilhão.
 - O Arco Metropolitano é a obra estratégica mais importante do estado nas últimas décadas e sua construção representa uma herança permanente para o estado. Vai impulsionar a nossa economia e, consequentemente, gerando empregos, principalmente na Baixada, que vai se transformar em uma grande área de logística – diz o secretário estadual de Obras, Hudson Braga.
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