quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Obras do Arco Metropolitano, devem gerar entre 700 mil e 800 mil empregos em 15 anos

Impulsionado pela injeção, nos próximos anos, de cerca de R$ 181,4 bilhões em investimentos públicos e privados, dos quais R$ 45,4 bilhões apenas na Região Metropolitana, somados à realização de megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o Estado do Rio vai ganhar cerca de 1,5 milhão de vagas de emprego no mercado de trabalho nos próximos 15 anos, especialmente no Grande Rio, o que obriga o estado a equacionar o planejamento da região de forma prioritária.

Este quadro otimista para quem vai ingressar pela primeira vez ou está tentando reingressar no mercado de trabalho foi apresentado nesta quarta-feira (1/8), na Bolsa de Valores, no Centro do Rio, durante o segundo encontro dos Diálogos Metropolitanos – Ideias para Modelar a Metrópole, organizado pelo Comitê Executivo de Estratégias Metropolitanas - Rio Metrópole, instituído pelo Governo do Estado, para debater caminhos e soluções para os desafios provocados pelo aquecimento da economia fluminense.

A segunda etapa do ciclo de debates tratou do tema sobre a geração de empregos, principalmente na Região Metropolitana, que continua a concentrar a maior parte das atividades produtivas e de serviços do estado. Organizado pelo subsecretário de Urbanismo Regional e Metropolitano, Vicente Loureiro, com o apoio do Sebrae, o seminário teve a participação de especialistas em planejamento urbano de grandes metrópoles.

Arco deve gerar entre 700 mil e 800 mil empregos em 15 anos

Volumosos investimentos estão sendo feitos em portos, rodovias e indústrias, com destaque para o polo siderúrgico de Sepetiba, o Complexo Petroquímico da Petrobrás (Comperj), em Itaboraí, e o Arco Metropolitano, que vai ligar os dois polos industriais ao Porto de Itaguaí, cruzando toda a Região Metropolitana. Esses e outros investimentos previstos vão induzir a utilização de áreas vazias para indústrias, comércio e habitação, e gerar muitos empregos, com o consequente surgimento de uma série de necessidades inerentes.

- Apenas o Arco Metropolitano deve criar, nos próximos 15 anos, entre 700 mil e 800 mil postos de trabalho, através da indução de novos arranjos produtivos e com grande impacto no setor de serviços. A compreensão desse fenômeno que já provoca alterações nas configurações das centralidades urbanas deve levar em consideração a necessidade de equacionar prioritariamente um modelo de organização espacial da metrópole e encontrar respostas para o desafio da governança metropolitana - afirmou Loureiro na abertura do evento.

O diretor do Sebrae-RJ, Evandro Peçanha, disse que os pequenos e médios empreendimentos possuem grande capacidade de proporcionar oportunidades de trabalho no país. Segundo ele, 98%dos estabelecimentos da economia brasileira são de pequeno porte e médio porte e que 60% dos empregos, inclusive no Estado do Rio, são gerados por esses negócios.

- Portanto, criar empregos é criar empresas. Para isso, o Sebrae se organiza em várias ações de apoio ao empreendedorismo, desde o individual até quem chega ao ápice da pirâmide econômica. A inserção do Sebrae no seminário é no sentido de agregar essas experiências e práticas à discussão proposta pela Secretaria de Obras - afirmou Peçanha.

Nas mesas de debates, que contaram com a participação do professor da UFRJ, Mauro Osório, do subsecretário estadual de Fazenda, Paulo Tafner, e dos professores do Instituto de Economia da UFRJ. Valéria Pero e Renata LaRovere, e da Labtec/UFRJ, Giuseppe Cocco, entre outros especialistas, foram abordadas questões relativas à geração de empregos prioritariamente nos setores de serviços, industrial, petróleo,naval e logística, diante da nova dinâmica e dos novos paradigmas e demandas da economia fluminense.

Ao final, na mesa de encerramento, o jornalista Eduardo Auler destacou os pontos que considerou mais positivos das palestras, principalmente a proposta defendida por quase todos os palestrantes de que a hora de agir é agora e que as ações devem ser implementadas de forma integrada, em busca da governança metropolitana.

Depois de considerar positivo o resultado do segundo encontro dos Diálogos Metropolitanos, o subsecretário Vicente Loureiro disse que o propósito da iniciativa será, ao final dos demais eventos, propor um instrumento de governança da metrópole, a partir da consolidação das propostas e sugestões apresentadas nos painéis.
- O país tem 41 regiões metropolitanas e a do Rio, apesar de ser a segunda maior, é a única que não temeste instrumento de governança. Os diálogos estão contribuindo muito para que isso, não importa o nome que venha a receber - explicou Loureiro.

O ciclo de debates começou em 31 de maio, com a realização do primeiro seminário, cujo tema tratou de acessibilidade, infraestrutura e transportes públicos, no auditório da Secretaria de Fazenda. Mais três encontros serão realizados até o fim do ano, sendo que o próximo está previsto para ser na Assembleia Legislativa (Alerj),no dia 14 de setembro, com o tema Institucionalidade da Região Metropolitana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário